Nesse momento de profundas reflexões, reproduzo abaixo a minha postagem no Facebook no dia da tentativa de invasão da Alerj:
“Não adianta tapar o sol com a peneira.
Os partidos, os sindicatos, a UNE, enfim as instituições estão em crise de identidade. A democracia direta no Brasil e também no mundo estão sendo colocadas em teste.
Pela primeira vez na história do Brasil, as pessoas vão para as ruas protestar sem serem estimuladas por estas instituições.
Nós, os políticos, temos que ouvir os recados das ruas. Há uma distância entre os representados e nós, eleitos como seus representantes.
Defendo uma profunda reforma política que implante o voto distrital misto. Acredito que isto aproxima o político e os eleitores.
Eu procuro, por aqui, diminuir esta distância prestando contas do que faço.
Vitória, minha filha de 13 anos, me mostrou hoje um vídeo muito bem feito chamando para rua e ferrando com ironia o Alckmim que no primeiro dia disse que esse era um movimento pequeno. Vitoria me pediu para ir à passeata. Se não fosse tão novinha, teria o maior orgulho de vê-la nas ruas.
Minha filha Clara, de 9 anos, que viu hoje o noticiário da TV comigo falou: "Pai, vamos fazer uma manifestação contra o vandalismo ".
Vitória e Clara resumiram aquilo que todos querem: aplauso e orgulho com manifestações pacíficas!!! Toda rejeição ao vandalismo!!!
Tenho orgulho de ser político. Tenho convicção que Vitória e Clara não tem motivo para ter vergonha do pai na vida pública. Sem falso moralismo, eu erro e acerto. Fico animado. Tenho meus medos; Minha coragem. Não me escondo.
Agora, faceamigos, condenar a política genericamente, não concordo. Hoje, com o Google, Face e outras redes, todos podem vasculhar nossa vida e cobrar. Não basta votar. É preciso, de alguma forma, acompanhar o trabalho de quem a gente vota.
Quantos de nós não se lembra em quem votou nas últimas eleições?
Enfim, muitas reflexões nesse momento histórico. Hoje, como sempre, entrei e saí da Alerj de cabeça erguida. A cara esta aí para bater.
Tem muitos defeitos, mas como é bela a democracia!”
Um forte abraço,
ANDRÉ CORRÊA