A oficina do Ecomúsica começou nesta segunda-feira (7/03) na Escola Estadual Joaquim Távora; Ecomoda inicia curso na quarta-feira (9/3) no Colégio Estadual Aureliano Leal
O lixo que pode virar arte nas mãos de alunos da rede pública e também da comunidade: de peças de vestuário a instrumentos musicais. O Projeto Niterói Ecocultural, destinado à capacitação de estudantes da rede pública e da comunidade em reaproveitamento de resíduos sólidos, iniciou nesta segunda-feira (7/3) as oficinas de qualificação no município de Niterói.
O projeto integra os módulos Ecomoda, Ecomúsica e Ecodesign. É fruto de cooperação firmada entre a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e a Prefeitura de Niterói, através da Fundação de Arte de Niterói (FAN) com recursos de R$ 1,7 milhão do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Tem como parceira a ONG Campus Avançado.
“É importante ter a juventude como parceira para multiplicar boas práticas ambientais e, ao mesmo tempo, oferecer a oportunidade de aprendizado em termos de música e moda”, afirmou o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.
A oficina do módulo Ecomúsica começou nesta segunda-feira (7/03) na Escola Estadual Joaquim Távora, em Icaraí. Com instrumentos musicais confeccionados a partir do lixo, os instrutores das oficinas fizeram uma apresentação musical que marcou o início do curso.
A iniciativa visa a qualificar jovens em música e percussão com foco na confecção de instrumentos musicais a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos. Com um ano de duração, as aulas abordarão, dentre outros temas, teoria e ritmo musical, percussão, além de meio ambiente e reciclagem.
O gerente executivo do Projeto Niterói Ecocultural, Paulo Cunha, ressaltou que as oficinas também têm a finalidade de despertar na comunidade a consciência ecológica:
“A nossa intenção é provocar uma reflexão nas pessoas sobre o destino do seu lixo: ao invés de descartarem seus resíduos de maneira inadequada, a população pode separar o que pode ser reciclado. Desta forma, a comunidade terá a percepção de que muita coisa que é descartada pode ser reaproveitada e de maneira criativa”, explicou.
A coordenadora do Ecomúsica, Regina Café, disse que é grande a expectativa de trabalhar com os jovens e a comunidade:
“A presença de tantos alunos superou as nossas expectativas. Os estudantes interagiram com o grupo que participou da apresentação musical e mostraram interesse em participar da oficina do Ecomúsica”, comentou Regina Café.
Já o Ecomoda, destinado à capacitação em confecção de acessórios e peças de vestuário a partir de retalhos, tecidos e roupas usadas, inicia oficina nesta quarta-feira (9/3) e vai contemplar 50 alunos do Colégio Estadual Aureliano Leal, situado no bairro do Ingá, como atividade extracurricular da disciplina Educação Artística além da comunidade. Durante cinco meses, os jovens terão aulas sobre desenho de moda, estamparia, corte e costura, e modelagem. A escola terá um ponto de coleta para receber roupas usadas que serão transformadas em novas peças pelos estudantes.
A outra vertente do Projeto Niterói Ecocultural é o módulo Ecodesign, de reaproveitamento do mobiliário em desuso, através de oficinas de marcenaria, estofamento e design de superfície. O primeiro curso está previsto para começar no dia 15 de março no Instituto Educação Professor Ismael Coutinho (Iepic), também no bairro do Ingá.
As oficinas são gratuitas e abertas à comunidade. Os interessados podem efetuar suas inscrições nas escolas estaduais onde acontecem as oficinas, levando a original da carteira de identidade.
Ecomúsica
Escola Estadual Joaquim Távora, Parque Professor Ferraz, Campos de São Bento
Ecomoda
Escola Estadual Aureliano Leal, Rua Presidente Pedreira, nº 79, Ingá
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