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Combate à corrupção

Combate à corrupção

O Brasil vive um momento singular. Economia pujante, altos índices de empregabilidade, acentuada redução da linha de pobreza, ascensão social das classes menos favorecidas, vultosos investimentos de grandes empresas nacionais e estrangeiras no País da Copa do Mundo e da Olimpíada, entre outras conquistas. Contudo, o Brasil emergente, que ganhou respeitabilidade mundo afora, enfrenta internamente um grave problema: a corrupção, que se alastra em diversos setores da sociedade quase que de forma endêmica.

Recentes dados da Advocacia Geral da União (AGU) mostram que de 2003 a 2010 a União ajuizou ações para cobrar R$ 67,9 bilhões desviados. De cada R$ 100 mal empregados, conseguiu reaver apenas R$ 2,34.   

Mas o combate contra a corrupção é uma batalha que o povo brasileiro está disposto a vencer.  A manifestação popular, apartidária, que levou milhares de cidadãos às ruas em pleno 7 de setembro é um reflexo dessa determinação do povo. A população deu um grito, não de independência, mas de basta na corrupção. Afinal, um país que responde pelo sétimo maior PIB do mundo não pode ocupar o 69º lugar no ranking de percepção da corrupção da ONG Transparência Internacional. 

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o custo médio da corrupção no Brasil, de acordo com dados do Instituto Hethos, é estimado entre 1,38% a 2,3% do PIB  - algo em torno de R$50,8 bilhões a R$84,5 bilhões. Com essa verdadeira fortura que se esvai pelo ralo da corrupção, o País poderia, por exemplo, construir mais de 50 mil escolas, comprar 160 milhões de cestas básicas e pagar 209 milhões de bolsas família, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). As fraudes e desvios não são apenas crimes; são ações que atingem direta ou indiretamente a vida de todos.

Portanto, o estado brasileiro deve fazer uso dos instrumentos legais de que dispõe para identificar, coibir e punir os responsáveis por atos de corrupção. Sem comprometimento ético será impossível banir de nosso meio a tradição de apropriação do estado, por parte de alguns, em detrimento do bem comum. Debates como reforma política ampla, que fortaleça a democracia e a particiação popular no combate à corrupção, e a imediata aplicação da Lei da Ficha Limpa não podem mais ser adiados.

Casos de malversação de recursos públicos, uso indevido da máquina administrativa, redes de clientelas e tantas outras mazelas configuram uma sensação de mal-estar coletivo. Cria-se, dessa forma, um clamor moral pela ética, cuja finalidade é pôr fim às atividades predadoras daqueles que fazem da corrupção uma prática de vida.

Reconhecemos o crescimento da capacidade do País de investigar e descobrir os esquemas de corrupção, graças, principalmente, à Polícia Federal que vem aplicando inteligência às estratégias de investigação e reunindo provas inclusive contra servidores da própria instituição. No entanto, o cerco aos corruptos tem de ser intensificado, pois ainda há muito o que avançarmos nessa luta. 

Um país capaz de realizar uma das maiores políticas de estabilização econômica de que se tem notícia, de incorporar em curto espaço de tempo ao mercado consumidor dezenas de milhões de cidadãos, de implantar com êxito programas de transferência de renda e inclusão social não pode transigir no combate à corrupção. Essa batalha é importante para que o Brasil seja reconhecido, também, como o País da moralização.

Deputado André Corrêa

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