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Projeto De Olho no Lixo abre oficina de moda para mulheres carentes que vivem na Rocinha

Projeto De Olho no Lixo abre oficina de moda para mulheres carentes que vivem na Rocinha

O Projeto De Olho no Lixo na Rocinha oferecerá para cerca de cem mulheres uma oficina de moda, destinada à capacitação em confecção de roupas, bolsas e acessórios a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos do programa Ecomoda. Elas são, na sua maioria, chefes de família e encontram-se em situação de vulnerabilidade social, recebendo cestas básicas doadas pela Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem. A expectativa é de que a oficina seja realizada sempre no terceiro sábado de cada mês, dia em que elas recebem os alimentos. O Projeto De Olho no Lixo é executado pela Secretaria de Estado do Ambiente e conta com a parceria da igreja local para essa atividade.

 “A nossa perspectiva é de que, a cada encontro, elas confeccionem um tipo de produto que será comercializado no bazar da própria paróquia e, a renda obtida com a venda será revertida para essas mulheres. No sábado (19/8), começamos a pintura de bolsas que foram confeccionadas, reutilizando jeans usados. Na próxima oficina, pretendemos finalizar esse trabalho”, explicou o coordenador do curso Ecomoda do Projeto De Olho no Lixo, o estilista Almir França.

“O  objetivo é oferecer para essas mulheres a oportunidade de um aprendizado para que, a partir disso, possam produzir e gerar renda para elas mesmas. Isso, sem contar que a iniciativa proporciona também a socialização e a sensibilização ambiental sobre a importância de se dar destinação ambientalmente adequada para o lixo”, afirmou frei Sandro Roberto da Costa, pároco da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, cuja coordenação está sob a responsabilidade dos Franciscanos.

Fruto de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e o Viva Rio Socioambiental, com recursos da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), o Projeto De Olho no Lixo desenvolve trabalho de manejo correto dos resíduos sólidos na Rocinha, visando a minimizar o impacto negativo provocado pelo lixo.

Além da coleta de lixo, que é realizada por 30 agentes socioambientais, o projeto De Olho no Lixo tem outro eixo de atuação que é o de educação ambiental, cultura e comunicação que pretende evitar a continuidade de lançamento dos resíduos pelos moradores e transformando lixo em arte e renda. Para isso, são desenvolvidos na comunidade dois cursos gratuitos: Funk Verde que oferece oficinas de possibilidades sonoras e confecção de instrumentos musicais, a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos; e o Ecomoda, voltado para a capacitação em produção de acessórios e peças de vestuário, a partir da reutilização de retalhos, tecidos, jeans usados e banners. De maio  de 2016 a julho de 2017 já foram recolhidas 678 toneladas de lixo em pontos estratégicos da Rocinha.

As oficinas do Funk Verde e do Ecomoda já capacitaram cerca de 79 pessoas. Durante as aulas foram produzidos 80 instrumentos musicais com destaque para a cuíca confeccionada com canos PVC, um tipo de resíduo da construção civil; o pandeiro produzido com garrafa pet em substituição ao couro animal e latas de tinta que foram transformadas em tarol; e mais de 400 peças de vestuário, entre calças, vestidos, blusas e bolsas, além de acessórios.

 ​Por ASCOM SEA/Inea

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