O presidente da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB), promulgou em 27 de fevereiro de 2008, a resolução que institui na Casa o programa Parlamento Neutro. De acordo com o autor da proposta, deputado André Corrêa, com a promulgação, a Alerj passa a ser a primeira Assembléia Legislativa do País a aderir ao programa, que consiste na medição das emissões de gases causadores do efeito estufa produzidas pelas atividades parlamentares e no plantio de árvores como medida compensatória para reduzir o impacto ambiental destas ações. “O objetivo do projeto é pedagógico. Esta medida visa a despertar a consciência de cidadania ambiental a partir do Parlamento e a diminuir o impacto do dióxido de carbono (CO²), que gera o efeito estufa e as mudanças climáticas no planeta”, explica André Corrêa.
Segundo o deputado, o cálculo das emissões de gases causadores do efeito estufa deverá ser feito em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, que já desenvolveu o mesmo trabalho na Câmara Federal no fim do ano passado.
A partir da quantidade de gases emitidos será determinado o número de árvores que a Alerj precisará plantar para neutralizar as emissões provocadas por atividades como transporte dos parlamentares, o uso de papel e o gasto de energia elétrica. “Também faremos um levantamento e definiremos as áreas em que será feito o plantio das mudas”, afirmou André Corrêa, ressaltando que o projeto é permanente.
No Brasil, a iniciativa de neutralizar a emissão de carbono vem ganhando cada vez mais adeptos. A Câmara Federal, em Brasília, foi o primeiro Parlamento Carbono Neutro do mundo, segundo informações de sua agência de notícias. Os deputados federais aderiram a este programa em dezembro de 2007, ao plantar 12 mil árvores nativas da Mata Atlântica na região de Mogi das Cruzes, em São Paulo.