A convite do biólogo Mario Moscatelli, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa e o subsecretário de Projetos e Intervenções Especiais, Antônio da Hora, vistoriaram, nesta terça-feira (10/2), o Sistema Lagunar da Barra e de Jacarepaguá. O secretário percorreu, ao lado do biólogo, toda a extensão da Lagoa da Tijuca, de onde foram recolhidos pneus e dois contêineres de lixo.
André Corrêa voltou a pedir a colaboração da população local quanto ao descarte correto do lixo, para se reduzir, assim, a poluição que chega às lagoas de Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá, além do Canal de Marapendi, na Zona Oeste.
O secretário garantiu que a SEA está avançando no diálogo com o Ministério Público do Estado. A ideia é tirar do papel o projeto de transformação da ilha artificial, já existente: "A próxima etapa é a criação de uma ilha-parque, próximo à Lagoa da Tijuca, que será formada a partir do material dragado das lagoas. Esse será um espaço de lazer para toda população."
À tarde, André Corrêa e o subsecretário Antônio da Hora se reuniram com representantes do Ministério Público estadual para discutir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a realização das obras do complexo.
“Houve uma boa vontade do Ministério Público no sentido de se autorizar que a ilha-parque seja feita. Hoje, a gente estabeleceu mecanismos para os estudos complementares que eles solicitaram, como o de fauna. Os nossos técnicos já estão se falando e acho que num horizonte de no mínimo 60 dias a obra deva estar sendo iniciada”, adiantou o secretário.
O projeto prevê a dragagem de um perímetro de 15 quilômetros de extensão, aproximadamente 5,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos das degradadas lagoas da região. A profundidade destas lagoas poderá chegar a 3,5 metros, estimulando a navegabilidade em todo o complexo lagunar.
Seguindo os parâmetros de construção sustentável, o projeto vai reduzir sensivelmente o impacto ambiental, ao aproveitar o sedimento retirado durante a dragagem, evitando, desta forma, o transporte do mesmo para aterros sanitários do Rio de Janeiro.
Fonte: Ascom SEA