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Programa de Reaproveitamento de Óleo – Prove intensifica trabalho de reciclagem de resíduos sólidos no Estado

Programa de Reaproveitamento de Óleo – Prove intensifica trabalho de reciclagem de resíduos sólidos no Estado

Objetivo é coletar, no mínimo, 300.000 litros de óleo até 2017 e gerar mais benefícios socioambientais para o Rio de Janeiro

O PROVE – Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais do Rio de Janeiro vem trabalhando na conscientização para o descarte correto do óleo de cozinha e entrega à reciclagem no Estado. Até o momento, conseguimos evitar que cerca de 15 milhões de litros de óleo fossem despejados de forma inadequada em ralos.

Por isso, o Prove vem intensificando as suas ações no Estado junto a associações de moradores, condomínios, escolas e estabelecimentos comerciais. Além da preservação ambiental, também temos como objetivo fomentar a geração de trabalho e renda no Rio de Janeiro, desenvolvendo a economia local.

O Projeto oferece aos catadores apoio logístico para realização da coleta, com frota de veículos e motorista. Atualmente, há cerca de 40 cooperativas cadastradas no Programa e toda semana uma média de 10 grupos nos acionam para ajudar na coleta de óleo de cozinha. Os colaboradores recebem ainda noções de administração e contabilidade, educação ambiental e cooperativismo, estimulando a cidadania e inclusão social.

O material coletado pelas cooperativas é levado para reciclagem e reaproveitado na produção de produtos como sabão, detergente, glicerina, resina, entre outros. Mas, sua aplicação mais interessante é na geração de biodiesel, energia 100% renovável que emite menos poluentes que o diesel comum. 

Esse aditivo é usado em transportes de grande porte como caminhões, ônibus, embarcações e ainda abastece máquinas e barcos de pesca, favorecendo o desenvolvimento econômico local. Ao produzir biodiesel, o Brasil passa a depender menos de outros países para importação e reduz a emissão de gás carbônico.

Em fevereiro, tive a honra de receber, em nome do Prove, o certificado Emissões Evitadas do Carbono Compensado. Esse foi um reconhecimento por evitar que 64,5 toneladas de gás carbônico chegassem à atmosfera - graças à transformação em biodiesel dos 16,5% dos 170.218 litros de óleo vegetal que foram coletados em 2015 pela campanha “Não jogue seu óleo pelo ralo – Prove Costa Verde”.

Desejo aprimorar esta iniciativa, que chega a ótimos resultados de forma coletiva, lembrando que, hoje, dos 150 mil litros de óleo usado captados no estado, cerca de 27 mil vem da região da Costa Verde, com destaque para os municípios de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro.

Também estive em reunião coma a diretoria da Olfar. A empresa planeja a abertura de uma planta de biodiesel em Resende. Importante em um momento de crise, como vivemos no Brasil, gerar empregos e contribuir com a produção de combustível limpo, que mais uma vez poderá usar o óleo vegetal coletado como matéria prima

Novas ações do Prove incentivam educação ambiental e sustentabilidade
Nosso foco agora é instalar até o final de abril pontos de coleta, os chamados ecopontos, em escolas municipais da cidade do Rio para estimular que a população do entorno entregue o óleo usado para reciclagem. As seguintes escolas receberão ecopontos:​

  • Escola Municipal Francisco de Paula Brito – Rocinha;
  • Escola Municipal Mario Paulo de Brito – Irajá;
  • Escola Municipal Antenor Nascentes – Anchieta; 
  • Escola Municipal Claudio Besserman Vianna – Rio das Pedras (Jacarepaguá); Escola Municipal Castro Alves – Campo Grande; 
  • Escola Municipal Rodrigo Otávio – Ilha do Governador.

O coordenador geral do Prove, Daniel Fabrício, nos contou que com a instalação dos ecopontos a ideia é aproveitar para realizar também palestras para os alunos em parceria com as cooperativas.

“Não há lugar melhor do que as escolas para trabalhar educação ambiental, pois os alunos chegam em casa e ajudam a conscientizar também os pais, que passarão a descartar o óleo corretamente.”

Além do trabalho nas escolas, Daniel explicou que o Prove levará, ainda esse ano, ecopontos para Igrejas Católicas do Estado, oportunidade que surgiu por meio da participação da Secretaria do Ambiente na Campanha da Fraternidade 2016. E a expectativa é fazer ainda uma grande mobilização em condomínios.

“Queremos expandir o Prove para os condomínios, tanto de luxo quanto de construções do Minha Casa Minha Vida. Estamos fazendo parcerias com as cooperativas para conseguir atender esse público. Ao aderir ao Programa, é possível ter até 70% de economia nas despesas de limpeza das caixas de gordura.”

Esse trabalho já está em andamento. Em meados de março foi feita uma ação no Condomínio Trio de Ouro, em São João de Meriti, que receberá postos de coleta de óleo e pode gerar com isso uma fonte de renda para o próprio local. Já no início de abril, o Prove participou de uma ação social em um condomínio de baixa renda em Nova Sepetiba.

Outra boa prática que vale ser mencionada é o Valença Eco Óleo, iniciativa coordenada pelo amigo Rogério Fort, do Lar Meimei. “Três vezes por semana coletamos o óleo nos estabelecimentos e cada bairro tem ecopontos disponíveis. No Lar Meimei, retiramos a água e o resíduo grosso e fino do óleo, que depois é vendido para uma empresa do Rio de Janeiro que produz biodiesel. Recebemos doação de óleo de 70% dos estabelecimentos da cidade”, conta Rogério.

Projeto irá integrar ações socioambientais do Estado

Estamos implantando na Secretaria um novo projeto que trabalha a lógica ambiental e de geração de renda por meio da Economia Solidária. Para quem não sabe, esse tipo de economia abrange serviços e produtos gerados por grupos como cooperativas, associações e empresas autogestionárias - que são gerenciadas pelos próprios funcionários, por meio do trabalho colaborativo e com foco na sustentabilidade.

Sei da importância do tema, porque fui vice-presidente da Frente Parlamentar pela Economia Solidária e pude acompanhar os avanços dessa economia no nosso Estado. A criação dos centros de referência em economia solidária no Rio de Janeiro, por exemplo, permitiu ampliar o apoio aos trabalhadores que atuam dentro dessa modalidade. Além disso, criei o Conselho de Economia Solidária do Estado, que tem como principais ações a gestão do cadastro dos empreendimentos e o apoio a programas e projetos no setor, com o acompanhamento da gestão financeira e desenvolvimento das iniciativas.
Com o nome de Ambiente Solidário, o novo projeto da Secretaria do Ambiente irá englobar, além do Prove, programas como a Coleta Seletiva Solidária, a Logística Reversa e o apoio aos catadores e cooperativas de reciclagem. O coordenador executivo de projetos socioambientais, Ricardo Alves, nos lembra que iniciativas como essas estão no plano estadual e nos planos municipais de resíduos sólidos e por isso devem ser cada vez mais fomentadas.

“Esse vai ser o carro-chefe do trabalho de economia solidária. A ideia é integrar as iniciativas socioambientais em um mesmo projeto com abrangência em todo o Rio de Janeiro. Em um momento de crise como esse, o secretário André Corrêa teve a sensibilidade de identificar que, como governo, devemos fazer a nossa parte apoiando a sociedade. Hoje, mais de 500 catadores são assistidos diretamente por programas, ou seja, teremos mais de 10.000 famílias ajudadas nos próximos 24 meses.”
Nossa expectativa é que, até o final do ano, todos os municípios do Rio tenham, pelo menos, uma dessas iniciativas implantadas. Vamos seguindo!

Óleo de cozinha é um dos principais vilões do meio ambiente
Você já deve ter ouvido alguém falar “não joga óleo pelo ralo, vai entupir a pia”. Mas, esse ainda é um hábito muito comum de grande parte da população. O entupimento da pia é apenas um entre os diversos problemas causados pelo descarte incorreto do óleo. Vários outros danos são causados em escala maior, para além das residências.

O descarte incorreto do óleo, por exemplo, é um dos grandes poluidores dos corpos hídricos. Um litro de óleo descartado incorretamente é capaz de poluir mais de 20 mil litros de água. Isso tem um impacto direto na natureza, na qualidade de vida da população e encarece ações de saneamento básico, prejudicando a manutenção da qualidade da água.
E não para por aí. Só para citar mais alguns danos causados pelo despejo indevido de óleo temos ainda:

Comprometimento das tubulações dos edifícios e acúmulo de resíduo nas caixas de gordura;

Entupimento das redes públicas de tratamento de esgoto, encarecendo em até 45% o tratamento da água;

Contaminação do lençol freático, prejudicando o solo para o plantio;

Poluição do mar, rios e solos, degradando o meio ambiente e causando a morte de animais, devido ao bloqueio da circulação de oxigênio;

Impermeabilização do solo, causando enchentes e alagamentos;

Liberação de gás metano, que gera mau cheiro e agrava o efeito estufa.

Vale lembrar que o óleo também é utilizado em larga escala no preparo de alimentos em restaurantes, lanchonetes, entre outros estabelecimentos que, pelo grande volume de resíduo gerado, devem ter mais atenção ainda ao descartá-lo.

Como descartar corretamente o óleo em sua casa

Para não ter mais dúvidas ao jogar fora o óleo usado, aqui vão algumas orientações indispensáveis para você adotar no seu dia a dia:

1) Antes de separar o óleo, deixe-o esfriar;

2) Se for utilizá-lo mais uma vez, coe o óleo para tirar restos de comida e conserve-o em um pote de plástico. Lembrando que a reutilização frequente do óleo é prejudicial à saúde;

3) Se não for usá-lo, deposite-o em uma garrafa PET (usar um funil ajuda) e feche bem a garrafa. Se sobrar um pouco na frigideira, fritadeira ou panela limpe o resíduo com papel toalha, nunca deposite o resto na pia;

4) Leve a garrafa até um ponto de coleta de óleo. Você também pode optar por deixar acumular mais garrafas e solicitar a coleta na sua residência.

O Prove é um projeto muito importante e o que mais gosto nele é a oportunidade que é criada para as famílias complementarem sua renda por meio de uma atividade positiva para o meio ambiente. Além disso, o colaborador se torna um agente ambiental na sua comunidade.

Para que qualquer programa de reciclagem e preservação ambiental continue prosperando, é necessário que a população também assuma a sua responsabilidade. Fique atento às orientações sobre o descarte adequado do óleo e procure saber onde está o ponto de coleta mais próximo da sua casa. Em caso de dúvidas, entre em contato com o Prove ou Fale Comigo.

Grande abraço,
André Corrêa.

 

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