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Trabalho de gestão das águas visa aumentar a segurança hídrica do nosso Estado

Trabalho de gestão das águas visa aumentar a segurança hídrica do nosso Estado

Projetos como o Pacto das Águas e a criação de Refúgios da Vida Silvestre atuam na estratégia de preservação de recursos hídricos.

Sabemos que nessa época do ano, devido à massa de ar quente que se concentra no nosso Estado, temos grande incidência de pancadas de chuva. Em 2016, com o fenômeno El Niño, que aquece ainda mais o oceano e faz com que uma quantidade

maior de água evapore, tivemos um aumento dos temporais, principalmente na Região Sul e Sudeste do país. Entretanto, apesar das recentes e intensas chuvas no início do ano, o nível de água dos reservatórios do Rio de Janeiro ainda não é o ideal. Ou seja, se por um lado, temos chuvas concentradas e cheias, por outro lado, ainda temos a necessidade de aumentar o nível de água dos reservatórios do Rio de Janeiro. E nossa missão é que a população sofra cada vez menos com os efeitos dessa situação. Por isso, estamos fazendo um trabalho intenso que vai além de se contornar a crise hídrica, e trata, agora em um espectro maior, de fazer a gestão das águas do nosso Estado.

Já estão sendo feitas obras, por exemplo, na bacia do Rio Guandú para que se possa, cada vez mais, guardar água nos reservatórios do Rio Paraíba do Sul. Para quem não sabe, essa é a principal fonte de abastecimento público da região metropolitana do Rio de Janeiro. Além disso, estamos finalizando a criação do primeiro Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) do Estado, e apoiando projetos do Pacto pelas Águas, que visam aumentar a segurança do abastecimento de água.

Rio de Janeiro ganha seu primeiro Refúgio de Vida Silvestre

Fevereiro ficou marcado por uma nova conquista no trabalho de criação dos Refúgios de Vida Silvestre no Estado. Foi formalizada a criação do REVIS da Lagoa da Turfeira, em Resende, a primeira unidade de conservação do tipo no Rio de Janeiro. Trata-se de uma antiga demanda de ambientalistas do Sul Fluminense e que agora permitirá o início da elaboração do plano de manejo e a construção da sede administrativa da unidade.
O objetivo é que o refúgio contribua para a conservação de 269 hectares de áreas remanescentes de Mata Atlântica na Região do Médio Vale do Paraíba. Importantes pedaços desse bioma serão interligados, promovendo a preservação da biodiversidade local, especialmente das aves que passam pela região durante seus ciclos migratórios.

Nela estão presentes também espécies ameaçadas de extinção como o Cágado do Paraíba e o Jacaré-do-papo amarelo. Essa novidade foi possível por meio de um acordo, que teve a participação do Ministério Público, na ocasião do licenciamento ambiental fornecido ao Inea à montadora Nissan.Com isso, todas as etapas de estruturação do Refúgio contarão com o apoio da empresa.

Além disso, já foi autorizada pelo Governador do Estado a criação e implantação de um Refúgio da Vida Silvestre nas margens do Paraíba do Sul. Essa área de proteção irá abranger desde o funil na divisa com São Paulo até Três Rios, passando por Resende e Barra Mansa. Para homenagear um grande amigo, que foi um importante servidor do Inea e dedicou sua vida à causa ambiental, a unidade de conservação se chamará Refúgio da Vida Silvestre Zé dos Peixes.

Preocupação com a segurança hídrica do Estado

Lançado em outubro de 2015, o Pacto das Águas é uma iniciativa do Governo do Estado e da sociedade por meio da Secretaria do Ambiente e do Inea, com o apoio de diversos parceiros. O principal objetivo é proteger mananciais estratégicos para o
abastecimento do Rio de Janeiro, visando dar mais segurança à população em médio e longo prazo. A meta é que sejam restaurados e conservados mais de 20.000 hectares até 2022.

Para isso, estão sendo realizadas diversas ações como:

  • Restauração e conservação florestal de áreas prioritárias como nascentes, margens de rio, áreas de recarga de mananciais e áreas úmidas;
  • Plantios voluntários;
  • Adequação ambiental de propriedades rurais (Cadastro Ambiental Rural – CAR e Programa de Regularização Ambiental - PRA);
  • Apoio a projetos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que envolvem ações de restauração e conservação florestal para produção de água.

Confira mais sobre o Pacto das Águas neste vídeo

Abastecimento seguro nas Olimpíadas

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos, uma das nossas preocupações era que o Rio de Janeiro não corresse o risco de ficar sem abastecimento de água no período. Mas, análises recentes das simulações do armazenamento de água em reservatórios do Rio Paraíba do Sul constataram que esse volume útil não irá se esgotar até novembro.

A Diretora de Segurança Hídrica e Qualidade Ambiental do Inea, Eliane Barbosa, representou o Rio de Janeiro na reunião realizada em 17 de fevereiro, em Brasília, cujo tema foi a segurança hídrica durante as Olimpíadas. Ela nos explicou como estão as condições de abastecimento do nosso Estado após as análises:

“As simulações do armazenamento do reservatório de Paraibuna em 2016 e a situação estratégica do reservatório de Lajes demonstraram haver segurança hídrica em torno de 30% do armazenamento equivalente, para o mês de agosto de 2016 – mês das Olimpíadas –, e em torno de 22% até novembro de 2016, quando se inicia o período chuvoso”, esclareceu Eliane.

A operação dos reservatórios do Paraíba do Sul está sendo discutida, periodicamente, pelo Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica do Paraíba do Sul (GTAOH), do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), que conta com a participação de representantes dos órgãos gestores dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Quanto a isso, Eliane complementou: “a participação do André Corrêa como presidente do Ceivap foi fundamental para a parceria entre os três Estados. O resultado positivo no que diz respeito às últimas análises sobre segurança hídrica é um desdobramento de todos os acordos que vêm sendo feitos por ele, que teve a atitude, como Secretário de Meio Ambiente, de priorizar o abastecimento de água da população”.

Saiba como ajudar a reduzir as enchentes na sua cidade

Como estamos acompanhando a cada ano, as enchentes deixam diversas famílias desabrigadas e ameaçam a vida da população. E um dos principais causadores desses alagamentos é o lixo que se acumula nos bueiros, impedindo o escoamento da água da chuva. Isso ocorre, em grande parte, devido ao descarte incorreto dos resíduos nas áreas urbanas. Podemos adotar boas práticas no nosso dia a dia que ajudam a evitar as enchentes.Confira algumas dicas:

  • Uma atitude básica é não jogar, de forma alguma, lixo nas ruas e em terrenos baldios, uma vez que os resíduos entopem os bueiros e se acumulam nas galerias subterrâneas, reduzindo a vazão da água da chuva e causando inundações;
  • Não descarte móveis, pneus ou entulhos no leito dos rios. Esses resíduos deixam os rios mais rasos e reduzem a vazão da água, aumentando o risco de transbordamento;
  • Atenção ao descarte de garrafas PET e sacos plásticos, que levam anos para se decompor e criam uma barreira para o escoamento. A palavra de ordem é: reciclar!
  • Mantenha o telhado da sua casa limpo, pois assim evita-se o entupimento das calhas que escoam a água da chuva;
  • Uma ideia interessante é cultivar um jardim em casa, caso seja possível. Isso ajuda na absorção da água da chuva, ajudando a reduzir as inundações. Outra medida também é fazer o reuso da água da chuva, que pode ser usada para lavar pátios e regar plantas;
  • É importante também não construir casas e nem desmatar áreas próximas às margens dos rios, pois do contrário é causado o assoreamento dos rios, isto é, quando a terra das margens fica sem raízes que a segurem, e é arrastada para o rio durante os temporais.

Como vimos, diversas medidas estão sendo realizadas para termos uma melhora na gestão das águas no nosso Estado a fim de contornar a crise pela qual estamos passando. E simples atitudes no nosso dia a dia também contribuem para cuidarmos
melhor do meio ambiente e garantir a nossa segurança. Continue ligado aqui no blog e acompanhe, ao longo do ano, o andamento das ações voltadas para a preservação dos nossos recursos hídricos. A água é um bem de todos e devemos praticar o uso consciente.

Estamos juntos nessa!

Grande abraço,

André Corrêa
 

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