O Médio Paraíba, que é formado por 12 municípios e que hoje representa 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense, sendo a segunda região mais industrializada do Estado do Rio de Janeiro, ganha um novo impulso econômico com a regulamentação da Lei Estadual 8.960/20, conhecida como ‘Lei do Aço’.
A previsão é de que a nova legislação proporcione a criação de milhares de empregos com a instalação do Polo Metal Mecânico, formado, inicialmente, por sete novas indústrias com suas produções voltadas para atender a demanda da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que produz aço na Usina Presidente Getúlio Vargas, instalada em Volta Redonda, maior cidade da região e que hoje conta com 21,5 mil empregos no setor industrial.
Reduzindo a carga tributária (ICMS) da “Cadeia do Aço”, a Lei Estadual 8.960/20 deixará o Rio de Janeiro em igualdade de condição com outros estados do Sudeste, como São Paulo e Minas Gerais.
Outros setores produtivos fortes do ‘Médio Paraíba’, como o automotivo, metalúrgico e turístico, também serão beneficiados, direta ou indiretamente, com a instalação do Polo Metal Mecânico de Volta Redonda, que além de também atender a demanda das montadoras de automóveis e indústrias de metalurgia, certamente impulsionará o chamado turismo doméstico, que dentre os muitos outros destinos oferecidos, tem no Vale do Café e no Parque Nacional do Itatiaia os seus principais destaques. Somente o setor automotivo oferece 8 mil postos de empregos distribuídos em 20 empresas ancoradas na produção das montadoras MAN América Latina (Volkswagen), Nissan/Renaut, Jaguar/Land Rover e Hyundai e Peugeot/Citröen.
A Região do Médio Paraíba ainda conta com setores fortes para a economia estadual, como o têxtil, equipamentos de informática, derivados da borracha, produtos químicos, agropecuária, alimentos e bebidas.
Desenvolvimento industrial e qualidade de vida no Médio Paraíba
Para o deputado estadual André Corrêa (Democratas), um dos representantes do Médio Paraíba na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o desenvolvimento industrial registrado em duas décadas na região se deve aos regimes tributários especiais e financiamentos concedidos pelos governos estaduais com aprovação dos parlamentares fluminenses.
Auditor e especialista em questões tributárias, André Corrêa, como membro das Comissões de Constituição e Justiça, de Economia e de Tributação da Alerj, participou, ativamente, do projeto estadual que atraiu as montadoras de automóveis para a região. “Trabalhei muito na Alerj pela vinda da indústria automobilística para o Médio Paraíba. Peugeot-Citroen, Hyundai Máquinas, Nissan, Jaguar Land-Rover e a Volkswagen Caminhões”, revelou, acrescentando: “Criar cerca de 3,5 mil novos postos de trabalho no Polo Metal Mecânico abre excelentes oportunidades ao próprio setor automobilístico, além de garantir qualidade de vida à região”, encerrou.