Nos próximos dois anos, o Estado do Rio receberá um volume recorde de investimentos públicos e privados: R$ 211,5 bilhões. De acordo com o estudo Decisão Rio, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o crescimento na carteira de negócios é 67,5% maior do que o previsto para o triênio 2010-2012, quando foram anunciados investimentos de R$ 126,3 bilhões.
Áudio – André Corrêa fala sobre novos investimentos no estado
Um dos principais destaques da pesquisa anual - que divulga as oportunidades de negócio no Rio para empresários nacionais e internacionais - é a descentralização dos empreendimentos. Apesar da capital fluminense ser responsável pelo maior volume de investimentos, com R$ 34,4 bilhões, municípios como o Norte (R$ 26 bilhões) e a Baixada Fluminense (R$ 13,5 bilhões) também estão atraindo importantes negócios.
- O interior vem se destacando. E com estes recursos não vem só a geração de empregos, mas a instalação da cadeia de fornecedores, que propicia maior qualificação profissional e aumenta a renda destas regiões - afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno.
Entre 2012 e 2014, o Rio contará com 234 novas empresas. Os principais empreendimentos serão realizados na área de infraestrutura (R$ 51 bilhões) e na indústria de transformação (R$ 40,5 bilhões), com destaque para os negócios estrangeiros, que triplicaram e atualmente somam R$ 17,8 bilhões.
Segundo o Decisão Rio, o setor industrial concentra R$ 40,5 bilhões em investimentos. Deste total, R$ 15,4 bilhões serão aplicados na construção naval, com a instalação de estaleiros e construção de embarcações, e R$ 10,1 bilhões na siderurgia, com a implantação de siderúrgicas como a Ternium, em São João da Barra.
No setor petroquímico, serão investidos R$ 6,1 bilhões, com destaque para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em Itaboraí. A chegada de fábricas de automóveis, entre elas a Renault-Nissan, em Resende, e a ampliação da PSA Peugeot Citroën, em Porto Real, movimentará R$ 6,1 bilhões da área automotiva.
- O nosso estudo apresenta um volume recorde de investimentos que vão muito além do setor de petróleo e gás, com destaque para os investimentos na indústria de transformação e em infraestrutura, além do interesse cada vez maior da empresas estrangeiras em investir no Rio - disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
Transporte e Logística
Além das instalações Olímpicas, que contam com recursos de R$ 8,6 bilhões, o estudo da Firjan também ressalta o volume de investimentos em transporte e logística, que inclui obras em portos, rodovias e ferrovias. Estão previstos R$ 21,3 bilhões para a área, que representou um aumento de 80,3% em relação ao triênio anterior (2011-2013).
Um dos motivos desse aumento foi o projeto de Lei 940/11, aprovado em discussão única, na Assembleia Legislativa(Alerj),do Poder Executivo, no qual o líder do Governo, Deputado André Corrêa defendeu a instalação da Nissan no Brasil com tratamento tributário especial.Aprovado com a adição de 19 emendas, o texto adia a cobrança de ICMS em algumas operações da futura fábrica, como no desembaraço e aquisições de máquinas e de matéria prima, na liberação de veículos montados, na prestação de serviços de transporte intermunicipal, entre outros. O prazo do adiamento da cobrança será de 50 anos. “A fábrica não deixará de pagar imposto na venda do automóvel, mas, apenas, em determinadas operações. Apenas não estamos cobrando imposto sobre investimento”, explicou o líder do governo, deputado André Corrêa.
Fonte: Governo do Estado-Texto Marcelle Colbert