O Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal (Prove), iniciativa da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), vai ganhar a adesão das igrejas católicas do município do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado do Ambiente e a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro formalizaram, nesta quarta-feira (30/11), uma parceria durante a cerimônia de abertura da 56ª Feira da Providência, no Riocentro, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.
Pela parceria, as paróquias da cidade terão ecopontos para a coleta de óleo de cozinha usado. Já a Secretaria, através do Programa Ambiente Solidário/Prove, oferecerá infraestrutura técnica e logística para o recolhimento do produto.
Uma comissão, formada por representantes da Secretaria e da Arquidiocese, foi criada para fazer o planejamento logístico da instalação dos ecopontos nas igrejas. Há perspectiva da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro ter um ecoponto.
O óleo coletado terá destinação ambientalmente adequada: vai servir de insumo para a produção de biodiesel. A renda obtida com a venda do produto irá para um fundo a ser criado para financiar projetos sociais tocados em parceria com a igreja católica.
“A parceria com a Arquidiocese do Rio é fundamental porque irá contribuir para ampliar o Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal na cidade do Rio. Vamos fechar uma parceria com a Arquidiocese de Campos, no Norte Fluminense para levar ecopontos para as igrejas desse município. A nossa expectativa é coletar, até o final de 2018, juntamente com o apoio dos parceiros, cerca de 200 mil litros de óleo de cozinha usado por mês”, disse o coordenador do Programa Ambiente Solidário da Secretaria de Estado do Ambiente, Ricardo Alves.
Durante a solenidade, o cardeal Dom Orani ressaltou que tem preocupação com o meio ambiente e reconheceu a importância da coleta do óleo vegetal para destinação ambientalmente adequada, iniciativa que evitará a contaminação de rios e lagoas.
O Prove foi criado pela Secretaria de Estado do Ambiente com o objetivo de evitar o despejo de óleo de cozinha usado em rios e córregos, ao estimular sua coleta e reutilização na produção de fontes alternativas de energia, como o biodiesel.
Atualmente a maior parte do óleo vegetal é despejada em ralos, comprometendo as tubulações dos edifícios e das redes de tratamento de esgoto. Nas regiões onde não há rede coletora, o óleo vai diretamente para os rios e lagoas, baías, etc. Aumentando significativamente a poluição e a degradação ambiental. Essa prática acarreta prejuízos à população, às concessionárias de saneamento e aos governos. O Prove tem dialogado também com prefeituras, iniciativa privada, organizações sociais, condomínios, associações de moradores, igrejas, comércio, escolas públicas, etc. Estabelecendo parcerias focadas na coleta de óleo de cozinha e o recolhimento do produto é feito por cooperativas de catadores outros recicladores e a renda obtida com a comercialização é revertida para a geração de renda para catadores, recicladores e ações socioambientais.
Informações sobre a retirada de óleo de estabelecimentos comerciais ou condomínios pelos telefones (21) 2334-5902 (21)2334-5354, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h. E-mail: ambientesolidario.prove@gmail.com.
Projeto De Olho no Lixo marca presença na Feira da Providência
Quem for à Feira da Providência, poderá conferir as peças produzidas pelos alunos do curso de Ecomoda, do Projeto De Olho no Lixo. As peças como bolsas feitas a partir de banners e tantos outros acessórios confeccionados com resíduos que teriam como destino a lata do lixo estão expostas no estande de Artesanato do Vicariato, situado no Pavilhão 3 do Riocentro. As peças fazem parte de uma coleção inspirada em uma característica marcante da Rocinha que são os becos.
O Projeto De Olho no Lixo desenvolve trabalho de manejo correto dos resíduos sólidos na Rocinha, visando a minimizar o impacto negativo provocado pelo lixo. Além da coleta de resíduos sólidos, que é realizada por 30 agentes socioambientais, o projeto tem outro eixo de atuação que é o de educação ambiental, cultura e comunicação que pretende evitar a continuidade de lançamento dos resíduos pelos moradores e transformando lixo em arte e renda.
Para isso, são desenvolvidos na comunidade dois cursos gratuitos: Funk Verde que oferece oficinas de percussão e teoria musical com o reaproveitamento de materiais retirados do lixo para a confecção de instrumentos musicais; e o Ecomoda, voltado para a capacitação em produção de acessórios e peças de vestuário, a partir do reaproveitamento de retalhos, tecidos, jeans usados e banners.
“Estou muito satisfeito com a nossa participação na Feira da Providência que recebe tantos visitantes. É muito bom poder mostrar para as pessoas que o lixo pode ser transformado em belas bolsas, acessórios e peças de vestuário”, comentou Almir França.
Por Ascom SEA/Inea