Agentes socioambientais removem 95 toneladas de materiais descartados nas ruas e valões da favela
Quando: quinta-feira (16/6), às 10h
Onde: Quadra da Roupa Suja – Travessa Esperança s/n (próxima a saída do Túnel Zuzu Angel), na Rocinha, São Conrado, Zona Sul do Rio
Considerada uma das maiores favelas da América Latina, a Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio, vem ganhando novos ares com o “Projeto De Olho no Lixo: Transformando o lixo em arte, cultura e educação”, da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). Nesta quinta-feira, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, apresenta à comunidade local os primeiros resultados do início dos trabalhos dos 30 agentes socioambientais e dois fiscais capacitados pela iniciativa. O projeto é uma parceria da SEA com a ONG Viva Rio Sócio Ambiental e a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ).
Com as mãos na limpeza desde o início de maio, os agentes socioambientais, moradores da favela, já removeram 95 toneladas de lixo das ruas, vielas e valões da comunidade. Até o momento, o material coletado está sendo disposto em áreas de transbordo da Comlurb, mas posteriormente o lixo será encaminhado a cooperativas de catadores, fomentando a geração de renda local.
Outro destino dos resíduos serão os projetos de reaproveitamento da SEA, como o Ecomoda, de confecção de roupas, e o Funk Verde, de produção de instrumentos musicais, ambos com unidade da Rocinha. Dessa forma, o passivo ambiental que hoje oferece riscos de contágio de doenças se transforma em arte e cultura para os próprios moradores.
Depois da apresentação, às 11h, os participantes vão sair da Quadra da Roupa Suja e realizar uma caminhada pelo circuito de atuação do projeto que passa pelas localidades do Lajão, Rua 2, Roupa Suja, Vila Verde e Elevatória da Cedae, pontos estratégicos para o controle do descarte de lixo.
O secretário André Corrêa destaca que o objetivo da iniciativa é minimizar o impacto dos resíduos na região, transformando aspectos negativos em oportunidades e melhorias locais. Com o desafio de mudar um cenário antigo, de acúmulo de lixo na favela, o projeto beneficia inclusive a Praia de São Conrado, que recebe grande aporte de resíduos descartados em córregos e valões que cortam a Rocinha.
“Nossa intenção é despertar o olhar da população para as oportunidades que o lixo oferece, promovendo a geração de renda e a cidadania ecológica através de projetos sustentáveis, como ações integradas de mobilização, comunicação, educação, arte e cultura”, disse o secretário estadual.
Com duração de 30 meses, o projeto ainda prevê a implantação de um Centro de Triagem de Resíduo que promoverá inclusão sócio produtiva, com a formação de agentes socioambientais para uma auto-gestão do espaço. Um legado que ficará para a população de mais de 60 mil moradores comunidade.