Publicação traz a história e os programas desenvolvidos pela instituição, um dos principais polos de pesquisa sobre primatas do país
 
Quando: Sexta-feira (06/11), às 15h
Onde: Salão Nobre do Palácio Guanabara (Rua Pinheiro Machado, s/n)
 
O governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, lançam nesta sexta-feira (06/11), às 15h, no Palácio Guanabara, o livro Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro. Com 294 páginas, bilíngue e ilustrada, a publicação celebra os 36 anos de existência do centro, um dos principais polos de pesquisa em medicina e biologia da conservação de primatas do país.
 
O livro traz a história e infraestrutura do Centro de Primatologia (CPRJ) do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e detalhes sobre os programas desenvolvidos para a preservação de primatas e restauração florestal. Também são destacadas as trajetórias de seus dois dirigentes, Aldemar Coimbra Filho e Alcides Pissinatti, estudiosos de renome que foram homenageados com a denominação de duas espécies de primatas: o guigó Callicebus coimbrai e o parauacu Pithecia pissinattii.
 
André Corrêa, que assina a apresentação da obra, afirmou que “muito mais do que um marco comemorativo da criação do complexo, esta publicação pretende render uma homenagem a todos os servidores e parceiros que, em sua passagem pelo CPRJ, contribuíram para a excelência do trabalho desenvolvido, em especial a Adelmar Coimbra-Filho e Alcides Pissinatti”.
 
Fundado em 9 de novembro de 1979, o CPRJ abriga atualmente 230 exemplares de 25 espécies de primatas ameaçadas de extinção na sua sede, em Guapimirim. O centro desenvolve, em parceria com instituições nacionais e internacionais, programas de nutrição, reprodução, comportamento, patologias e conservação do ambiente. Estes programas subsidiam os planos de ação nacionais para cada espécie, coordenados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
 
O trabalho do CPRJ cresce em importância quando se leva em conta que o Brasil abriga 25% das espécies de primatas do mundo. No bioma Mata Atlântica encontram-se 23 das 128 espécies encontradas no país. Pelo menos 70% das espécies da Mata Atlântica estão sob algum grau de ameaça. Além de serem modelos insubstituíveis em diversas investigações científicas, nas áreas biomédica e farmacêutica, os parentes mais próximos do homem também são considerados animais indispensáveis ao equilíbrio ecológico das florestas.
 
A solenidade vai contar com a presença dos autores do prefácio e revisão técnica da publicação, o chefe do Grupo de Especialistas em Primatas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), Russel A. Mittermeier, e o vice-presidente executivo da Conservação Internacional (CI), Anthony B. Rulands.