Causa mais provável do fogo na região de Itacoatiara é a queda de um balão na segunda-feira
Mais de 50 homens estão combatendo o incêndio no Parque Estadual da Serra da Tiririca, situado entre Niterói e Maricá, na Região Metropolitana. As primeiras estimativas indicam que pelo menos 15 hectares de vegetação rupestre, típica de costões rochosos, foram atingidos pelo fogo. Na tarde desta terça-feira (21/07), as equipes de combate conseguiram controlar a propagação do incêndio, que chegou a ameaçar residências em Itacoatiara, mas o trabalho ainda deve continuar noite adentro.
O trabalho de combate está sendo realizado em dois focos, no Morro das Andorinhas e na região de Itacoatiara. No Morro das Andorinhas, o fogo começou no princípio da noite de domingo, foi controlado, mas recomeçou nesta terça-feira. Em Itacoatiara, o fogo começou na noite de segunda-feira e, pela localização, a causa mais provável seria a queda de um balão, aliada à estiagem dos últimos dias.
A maior parte da vegetação afetada pelo fogo está situada em costões rochosos, e, em alguns casos, em áreas de difícil acesso. Um helicóptero da Polícia Militar e veículos do Corpo de Bombeiros estão sendo utilizados no controle das chamas. As equipes de combate incluem os guarda-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), bombeiros, Ibama e Guarda Municipal Ambiental da Prefeitura de Niterói.
A administração do Parque Estadual da Serra da Tiririca suspendeu a visitação na unidade nesta terça-feira, por causa da fumaça e do deslocamento dos guarda-parques, que atuam na orientação dos visitantes, para o combate ao incêndio.
De acordo com o coronel José Maurício Padrone, da Coordenação Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) da Secretaria de Estado do Ambiente, desde janeiro o Comando de Policiamento Ambiental (Cpam) da Polícia Militar já apreendeu quase 500 balões. No período de estiagem, que vai de abril a outubro, com ventos mais frios e pouca umidade do ar, os balões alcançam maior altura e distância, e aumenta muito risco de provocarem incêndios florestais.
- Incêndios provocados por balões geralmente começam em locais onde as equipes não conseguem resgatá-los a tempo. Em áreas de difícil acesso, o combate torna-se muito mais complicado e caro porque requer a utilização de helicópteros, por exemplo, para o lançamento de água – afirma Padrone.
De acordo com a legislação ambiental, provocar incêndio em florestas ou matas é um crime ambiental que pode acarretar penas de prisão de dois a quatro anos. Já a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas as penas, conforme o caso.
Quem quiser denunciar a fabricação ou soltura de balões pode entrar em contato com a Linha Verde, parceria entre a Secretaria do Ambiente e o Disque Denúncia. O custo é de ligação local e o anonimato é garantido. Nos meses típicos de soltura de balão que vai de maio a outubro, o Disque Denúncia oferece a recompensa de até R$ 2 mil para informações que levem à prisão de baloeiros ou quantidades de balão. O telefone é 2253-1177 e, no interior, 033 253 1177.