Os destaques do novo canal de comunicação são as simulações do comportamento dos reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul até novembro
A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) lançaram, nesta quarta-feira (23/03), o site Segurança Hídrica (www.segurancahidricarj.com.br) em uma solenidade, no auditório do Instituto, no Centro do Rio. A nova homepage traz informações, de forma clara e simples, sobre o que é segurança hídrica, tendo como enfoque principal as vertentes prevenção, mitigação de inundações e estiagem. Além disso, a população poderá acompanhar as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado para o enfrentamento da crise hídrica.
No discurso de abertura, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, parabenizou a excelência do trabalho desenvolvido pela equipe do Inea que encontrou uma solução única no país, através da instrumentalização técnica, para o enfrentamento da pior crise hídrica da história do sudeste:
“Conseguimos economizar 2,2 trilhões de litros d´água, o suficiente para abastecer a Região Metropolitana por um ano. Saímos hoje mais robustecidos institucionalmente. A ANA não pode mais exercer nenhuma decisão sem a canetada do Estado do Rio de Janeiro, um marco institucional. Além disso, fomos o primeiro comitê a implantar a cobrança pelo uso d´água. A estiagem que nós passamos nos últimos dois anos é reflexo das mudanças climáticas, temos que continuar a desenvolver políticas de adaptação para estarmos preparados”, afirmou o secretário André Corrêa.
Para a diretora de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Inea, Eliane Barbosa, um dos destaques do novo canal de comunicação são as simulações do comportamento dos reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul até novembro deste ano. A proposta é mostrar para a sociedade como será o comportamento dos reservatórios que são responsáveis pelo abastecimento da Região Metropolitana do Estado para os próximos meses, caso se repitam as vazões de 2014. O site também descreve, de forma sucinta, os principais sistemas de abastecimento público do Rio de Janeiro (Guandu-Lajes-Acari; Imunana-laranjal; Prolagos-Águas de Juturnaíba, dentre outros) e a forma como são monitorados.
“Os reservatórios são analisados em termos de simulação de vazão e de nível, isso é um estudo técnico e agente transforma esses dados, que são levantados junto a ANA, com a participação dos comitês de bacias hidrográficas. Você saberá se realmente estamos em sinal de alerta ou com certa garantia. Hoje estamos com um reservatório num nível bastante confortável para atravessar esse período de seca com a garantia d´água para abastecimento da população fluminense”, explicou a diretora de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Inea, Eliane Barbosa.
O coordenador de Projetos Estratégicos e Segurança Hídrica do Inea, Edson Falcão, apresentou a nova homepage que reúne dicas sobre o uso consciente da água, como atitudes simples que a população pode adotar no seu cotidiano. As informações divulgadas no site mostram a diferença entre os gastos em atos simples, como por exemplo, escovar os dentes: quem usa um copo de água para enxaguar a boca consome de meio a um litro de água a cada escovação. Porém, com a torneira ligada o tempo todo, o consumo sobe para 12 litros. Legislações que tratam da temática crise hídrica também podem ser encontradas no site.
“O site busca atender tanto a população leiga, como membros da sociedade civil, até técnicos de universidades e diversas instâncias de governo, que poderão se aprofundar nos estudos do Inea, com acesso fácil e linguagem acessível. É um espaço democrático”, disse a diretora Eliane Barbosa.
O coordenador Inea Edson Falcão lembrou que após a severa estiagem de 2014 e 2015, ficou claro que o tema segurança hídrica tem de ser valorizado na agenda política e na gestão das bacias hidrográficas do Sudeste e de regiões densamente urbanizadas, tanto na vertente estiagem quanto na vertente inundações:
“É preciso sair da lógica exclusiva de aumento da oferta de água e a substituir pelo desenvolvimento de uma cultura de gestão de demanda e de uso racional deste importante recurso para o ser humano”, destacou ele.
O novo canal de informação online ainda trata de assuntos como segurança de barragens, qualidade d´água, monitoramento diário de reservatórios, questões referentes à estiagem, seca, inundações e alagamentos, além de projetos e programas relacionados à gestão hídrica.
