Importantes unidades de conservação locais, parques são revitalizados e inaugurados por iniciativa do Governo do Estado
Dizer que o Rio de Janeiro é “bonito por natureza” é um elogio que cabe bem ao nosso Estado. A diversidade de cenários naturais faz do Rio um lugar com enorme potencial turístico, causando a admiração daqueles que decidem conhecer os recantos fluminenses.
Grande parte de toda essa beleza fica a cargo de uma bela seleção de parques estaduais, que preservam a Mata Atlântica e reservam cachoeiras, rios e paisagens deslumbrantes. No total, existem 13 parques no Rio de Janeiro, que podem ser visitados pelos amantes da natureza durante todo o ano.
Entre 2013 e 2014 foi registrada uma média de mais de dois milhões de visitantes nos parques, principalmente durante as épocas mais quentes. Imaginem nas Olimpíadas de 2016, que preveem a vinda de mais de 480 mil pessoas? Esse número aumentará ainda mais!
Para preservar toda esta beleza natural do Rio, o Governo do Estado definiu medidas estratégicas para promover os parques e fomentar a realização de pesquisas científicas, de ações de educação ambiental e o turismo sustentável, sempre com a premissa de preservação da natureza e promoção do desenvolvimento local.
Investimentos visam valorizar e proteger as unidades de conservação do Rio
Os parques estão entre as 33 unidades de conservação da natureza do Estado e abrangem cidades que o Ministério do Turismo definiu como os cinco destinos indutores da atividade turística fluminense, são eles: Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis, Búzios e Paraty.
Nosso Estado já apresenta o menor índice de desmatamento de Mata Atlântica no país. Para mantermos esse cenário, há uma dedicação intensa do Governo para investir na infraestrutura dos parques e criar mais unidades de conservação. Nesse ano, tivemos importantes marcos desse trabalho, que você confere a seguir.
Inauguração da sede do Parque Estadual Cunhambebe
Tive o prazer de participar, em 13 de novembro, da inauguração da sede própria do PEC, em Mangaratiba, junto ao governador Pezão. Por meio de um investimento de R$ 4,8 milhões, o parque ganhou uma moderna infraestrutura que conta com centro de visitantes com auditório, acomodações para pesquisadores e recursos de última geração em construção sustentável, como reuso de águas pluviais, madeira certificada, telhado verde e energia solar para aquecimento da água. Além disso, a Área de Preservação Ambiental (APA) de Mangaratiba passou a funcionar no local.
A entrada no parque é gratuita e o visitante pode aproveitar atrações como cachoeiras, o sítio histórico da Estrada Imperial e o Pico do Sinfrônio, com 1,5 mil metros. Essa unidade de conservação protege importantes áreas de mananciais, como as nascentes da microbacia do Rio das Pedras, em Rio Claro.
O PEC é o segundo maior parque do Rio de Janeiro, atrás apenas de Três Picos, que em 2013 teve seus limites alterados. Articulei na ALERJ, como então-líder do Governo, a aprovação da Lei Estadual nº 6573/13, de autoria do Poder Executivo. A partir dessa lei, Três Picos ganhou novas áreas na região localizada entre Nova Friburgo e Silva Jardim, cobertas por Mata Atlântica e sem habitação humana. Essas áreas aumentaram o tamanho e também a qualidade natural do parque.
Inauguração do Centro de Turismo e Meio Ambiente em Visconde de Mauá
Em junho desse ano, também inauguramos o Espaço de Turismo e Meio Ambiente e a sede administrativa do Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS), em Visconde de Mauá. O parque ganhou área de exposições e informações turísticas e auditório para receber eventos culturais e educativos.
O PEPS está localizado em uma área de grande relevância para o Estado (junto ao Parque Nacional de Itatiaia e da Serra do Papagaio), com grande incentivo ao ecoturismo. A obra teve um investimento de R$ 3,5 milhões, obtidos a partir do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), e também contemplou a urbanização do entorno.
Investimentos em estradas-parque
Além de receber a licença ambiental do Inea, a estrada-parque deve obedecer a critérios que conservem o ecossistema local. Isso inclui dispor de recursos como redutores de velocidade, ciclovias e vias para pedestres, mirantes naturais, estacionamento, área de lazer, guaritas, sinalização, centro de visitantes, conselho gestor e túneis para passagem de animais.
A segunda fase do projeto da estrada-parque RJ-163 contempla as obras de pavimentação de cerca de 5 km da RJ-151, entre Maromba (Itatiaia) e a Ponte dos Cachorros (Resende). O projeto contemplará a pavimentação, drenagem, contenção de encostas e sinalização da estrada. A próxima estrada-parque prevista é a Paraty-Cunha, que atravessa a Serra da Bocaina, na divisa do Rio de Janeiro com São Paulo. Essa medida beneficiará o acesso e a preservação da região da Costa Verde, onde estão sendo pavimentados 9,4 km de extensão, com investimento de R$ 92 milhões.
Veja mais no vídeo da Secretaria de Estado de Obras:
Muitos são os investimentos do Governo do Estado para as unidades de conservação. O Governador Pezão cita essas medidas como uma preocupação importante para o desenvolvimento econômico sustentável da região.
Algumas das obras fazem parte de um conjunto de investimentos do Prodetur, que estão sendo realizados pelo Governo do Estado e já somam cerca de R$ 90 milhões. O objetivo é desenvolver de forma sustentável a atividade turística no Rio de Janeiro.
O Governo busca também a parceria com a iniciativa privada. Para favorecer esses investimentos, recursos do Fundo Mata Atlântica, que é formado por verba de compensações ambientais e empreendimentos, são destinados para que empresas invistam em parques.
Profissionais de meio ambiente e moradores recebem capacitação para atuar nos parques
Com a implantação dos projetos de revitalização e criação dos parques, diversas pessoas estão sendo capacitadas pela Secretaria de Estado do Ambiente. A inauguração da sede do Parque Estadual Cunhambebe gerou a capacitação de 24 moradores de Mangaratiba para serem condutores de visitantes no parque.
Já a iniciativa do projeto piloto de Fortalecimento das Ações de Educação Ambiental em Unidades de Conservação (Projeto EdUC), promovido pelo Inea, capacitou integrantes do Conselho Consultivo do Parque Estadual dos Três Picos, para que contribuam ainda mais com a gestão da unidade. Também receberam o mesmo curso conselheiros dos parques estaduais da Pedra Selada e do Desengano.
Para quem quer saber mais sobre as unidades de conservação do Rio de Janeiro, uma ótima fonte é a segunda edição do Atlas das Unidades de Conservação do Estado, lançado em junho desse ano. A publicação, que será disponibilizada nas bibliotecas do Rio, contempla as novas unidades criadas a partir um aumento expressivo nas áreas protegidas no Estado.
O lançamento do atlas também foi marcado pela assinatura, feita pelo Governador, do decreto que autoriza a criação do primeiro Refúgio de Vida Silvestre estadual, nas margens do Paraíba do Sul. Essa unidade de conservação contribuirá para a segurança hídrica do Estado, uma vez que o Paraíba do Sul é responsável por grande parte do abastecimento fluminense, e também favorecerá a conservação de espécies ameaçadas de extinção.
Para discutir essa questão, foi realizada uma reunião em outubro desse ano com os prefeitos e representantes de meio ambiente da região do Médio Paraíba do Sul e, em novembro, foram realizadas consultas públicas nos municípios de Valença, Três Rios, Resende e Volta Redonda.
Falando na preservação de espécies, também em novembro participei, junto com o governador, do lançamento do livro do Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro (CPRJ). Fundado em 1979, atualmente o CPRJ abriga na sua sede, inserida no Parque Estadual dos Três Picos, em Guapimirim cerca de 230 exemplares de 25 espécies de primatas ameaçadas de extinção. Só na Mata Atlântica estão 23 das 128 espécies de primatas encontradas no país e pelo menos 70% delas estão sob ameaça.
Como vimos, muito está sendo feito em relação às unidades de conservação. O turismo, ao mesmo tempo em que fortalece o sentimento de apropriação desses locais pela população, fomenta a economia da região, gerando mais recursos para que essas áreas sejam preservadas e se desenvolvam de forma saudável. Entretanto, o nosso grande desafio está em desenvolver um turismo responsável e que respeite a cultura e a biodiversidade local. E para isso, contamos sempre também com a participação de todos vocês.
Que venham novas conquistas!
Um abraço,
André Corrêa