Secretaria Adriana Rattes convida André Corrêa para ajudar na articulação junto a empresários da moda
Um dos setores que mais crescem no Estado, responsável pelo maior aumento do volume de empregos de carteira assinada no Rio de Janeiro, a Indústria da Moda ganhará um reforço em breve: o Museu da Moda. Em 9 de abril, o deputado André Corrêa recebeu no Gabinete da Liderança do Governo a visita da secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, e do grupo que organiza o projeto executivo do Museu, integrado, dentre outras, pela coordenadora do projeto, Luiza Marcier, e pela criadora do Instituto Zuzu Angel, jornalista Hildegard Angel.
Na ocasião, foi apresentado o projeto deste que será o primeiro museu dedicado à moda do Brasil – atualmente, o país é o quinto maior parque têxtil do mundo. O Deputado André Corrêa foi convidado pela secretária Adriana Rattes e pela jornalista Hildegard Angel para ser articulador do projeto, em função do papel que exerce como interlocutor e líder do Governo na Assembleia e pela parceria firmada há 10 anos com o setor da moda e de confecções no Estado.
Muito honrado com o convite, e considerando a importância do projeto – inserido no momento de retomada do crescimento do Estado do Rio, sendo a Cadeia da Moda um dos principais setores da economia fluminense, André Corrêa propôs que o museu seja apresentado numa solenidade nos jardins do Palácio Guanabara, juntamente com um desfile de alta costura com participação de alguns dos principais estilistas do Pais. Na ocasião, seria sancionado o ato de criação do Museu.
REVITALIZAÇÃO
O local escolhido para sediar o museu é a Casa da Marquesa de Santos, localizado em São Cristóvão. Projetada por Pierre Joseph Pézerat, a construção em estilo neoclássico, data do início do século XIX e conta em seu acervo com pinturas murais de Francisco Pedro do Amaral e obras de Marc e Zeppherine Ferrez.
O museu contará com acervo permanente, salas para exposições temporárias, grande hall, ateliê, área técnica - pioneira na conservação de têxteis no Brasil -, modateca, banco de modelagens, jardim têxtil, auditório e salas de negócio, dentre outras atrações.
- É preciso pensar a moda como um importante patrimônio de desenvolvimento econômico, e por isso a importância da economia criativa de São Cristóvão, mas também como um suporte da nossa cultura. - explica Luiza Marcier.
- O Museu irá consolidar a vocação têxtil da região e do Estado do Rio de Janeiro, que concentra grande parte da indústria do vestuário do país, com mais de 335 empresas, e é uma iniciativa pioneira e estratégica para alavancar o resgate do bairro de São Cristóvão, região vizinha ao Porto Maravilha que vive intenso programa de revitalização. - Foi o que lembrou o deputado André Corrêa, autor da legislação que reduziu a alíquota de ICMS, desonerando a chamada “Cadeia da Moda”. Esta lei, reconhecida no setor como a “Lei da Moda” foi responsável direto pela manutenção ou retorno de diversas empresas de confecção ao Estado do Rio.
Segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a região administrativa de São Cristóvão conta com uma cadeia produtiva pungente. Grandes marcas estão na área, empresas reconhecidas nacional e internacionalmente, empregando mais de 2,6 mil trabalhadores.
ZUZU ANGEL
O terreno em torno da Casa da Marquesa deverá ser desapropriado para a construção de anexos que, segundo o projeto, serão ocupados pelo Museu da Moda e o Rio Criativo, programa da Secretaria de Cultura. O complexo – implantado em parceria com o Instituto Zuzu Angel, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sebrae, BNDES, Prefeitura do Rio, dentre outros parceiros – vai abrigar também cerca de 20 incubadoras de empresas, ateliês, livraria, lojas e restaurantes.
– O Estado do Rio foi pioneiro em reconhecer a moda como cultura. Moda é expressão, e é disso que trata a cultura. E faz todo o sentido o novo museu ser instalado em São Cristóvão, que é o bairro das empresas do setor – explicou a secretária de Cultura, Adriana Rattes.
Inspirada pela jornalista Hildegard Angel, no intuito de manter viva a memória de sua mãe, a estilista Zuzu Angel (1921-1976) será a primeira homenageada do museu, através da reconstituição do “Ateliê Zuzu Angel”, com cerca de 300 peças.
Segundo Luiza Marcier o projeto se sustenta no tripé - memória, educação e fomento do patrimônio da moda brasileira, atingindo públicos bem diversos: do empresário de moda, estilistas, designers e estudantes, passando pelo chamado “Chão de Fábrica” (costureiras e outras atividades-fim), os antigos alfaiates, a moda do dia-a-dia, a alta costura, as grandes marcas nacionais e internacionais, o mercado consumidor e a trajetória da moda ao longo dos tempos e indumentárias de personagens marcantes do Brasil e das festas populares.
A primeira exposição programada do museu será um panorama da moda no Brasil, incluindo peças do período do Primeiro Reinado, época que o solar foi habitado por sua fonte de inspiração, a Marquesa de Santos.