Valença – Os empresários da Ema Indústria de Alimentos Ltda., acompanhados do Deputado André Corrêa, estiveram na Câmara de Vereadores de Valença. O objetivo da visita foi conversar com os parlamentares e ponderar sobre a necessidade de o Legislativo aprovar o texto original do projeto de Lei Ordinária 35/2013, enviado pelo Executivo para a concessão do terreno da antiga Fábrica Ferreira Guimarães. Na oportunidade, eles explanaram sobre o projeto que a empresa quer implantar na cidade e os benefícios que a empresa trará para Valença e região.
Sérgio Duarte, sócio-proprietário da Vitalis/Ema, empresa fabricante dos produtos Chinezinho, foi o apresentador do projeto aos vereadores. Da Tribuna, ele lembrou que as pessoas ainda não têm a dimensão da iniciativa da empresa para a cidade e região. Segundo Sérgio, muito mais importante do que os empregos diretos que a instalação da empresa trará para o município, o grande benefício para a cidade são os indiretos, entre eles, o fortalecimento da agricultura com incentivo ao cultivo de diversas culturas diferentes, que serão fomentados junto aos agricultores e adquiridos pela Ema como matéria-prima.
O empresário ressaltou que a vinda da Chinezinho para a cidade foi, em grande parte, responsabilidade do empenho do deputado André Corrêa, que, desde o início, batalhou pela sua vinda. Mas segundo Sérgio Duarte, o ex-prefeito Vicente Guedes e a cidade como um todo assumiram um compromisso com a empresa: a cessão do terreno, o que foi o grande chamariz da Ema para a cidade. “É um investimento de R$ 25 milhões”, afirmou Sérgio, lembrando que a ideia da empresa é levar todo o pessoal, maquinário e produção localizado no bairro Benfica e na cidade do Rio de Janeiro para o terreno da Santa Cruz. O empresário contou a intenção do Grupo de manter a unidade da Santa Rosa I, trazendo para a cidade uma fábrica de bebidas.
Demora atrapalha
Sérgio diz que entende o tempo da política, mas lembrou que a empresa precisa de maior celeridade da cidade. Segundo ele, infelizmente, cerca de duzentos empregos que Valença ganharia com a instalação da empresa, por conta da demora, vão para Barra do Piraí, onde a Ema vai instalar uma distribuidora.
Segundo Sérgio Duarte, ao final do projeto, seriam aproximadamente oitocentos empregos diretos, mas com a instalação da distribuidora em Barra do Piraí, a pretensão cai para seiscentos. O empresário lembrou que, caso a empresa não consiga se instalar em Valença, não pretende demitir o pessoal contratado na cidade, mas o Município vai perder um grande investimento. “Eu tenho um sonho: ser a maior empresa de alimentos do estado. Com trabalho e dedicação, podemos mudar a vida de muitas pessoas”, afirmou o empresário, pedindo aos vereadores que pensem na importância desse projeto para a cidade.
Por concessão do presidente da Câmara, Dodô, André Corrêa também falou da tribuna. Lembrou que, como parlamentar, é defensor do debate das matérias e lembrou que foi o avalista desse projeto para a cidade. O deputado lembrou que sua atuação sempre foi pelo estímulo ao surgimento de novas vagas de trabalho e respondeu as críticas sobre a possível existência de empresas que, beneficiando-se da lei de incentivo de ICMS a 2%, é possível que, realmente, tenham vindo para Valença apenas para soltar notas fiscais. Contudo, lembra que acionou fiscalização para a cidade e as empresas que estavam nessa situação perderão o benefício.
Quanto à Chinezinho, André lembrou que o terreno adquirido pela Prefeitura foi comprado com verba do Governo Estadual (R$ 3 milhões), ou seja, o Município não gastou nada. Ele também apelou para o bom senso dos vereadores, solicitando mais velocidade no trâmite da matéria. Ao final, a pedido do vereador Genaro Rocha (SDD), os empresários foram convidados para marcarem encontro, onde os parlamentares irão apresentar seus objetivos quanto à matéria.
Fonte: Jornal Local - Valença